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Se você faz ou pede Guest Post para trocar links você parou no tempo em SEO

Por Jean Vidal em 10 de dezembro de 2021

Começo o texto já me desculpando antecipadamente, pois o papo vai ser mais hardcore mesmo. Faz sei lá quanto tempo que já queria ter escrito esse texto, que na verdade é um desabafo.

E sim, todas as dúvidas que giram em torno do SEO são por não existir 100% de clareza sobre as regras do momento (observe isso, “do momento”, porque muda o tempo todo). 


Só que é para ser assim mesmo. O mais avançado das regras de SEO ficam para quem comanda o jogo, o Google. Se tudo estivesse aberto, só teria manipulação mesmo. Mas o básico, a essência do que pode e do que não pode, está registrado.

E mesmo registrado, mesmo escrito pelo Google, no site do Google, com as palavras do Google, toda semana nós somos abordados pedindo um guest post para “melhorar o link building” com essa parceria. ? 

Tá na hora de se atualizar sobre esse equívoco no SEO. Se você ainda acredita nisso, você parou no tempo e/ou não entende de otimização. Vamos ler juntos? Vem comigo?

1 – O que é Guest Post

Se você já entende o que significa “Guest Post” pode pular para o próximo item, mas tem muita gente que está começando os estudos em SEO que não entende. Então vamos nivelar aqui, rapidinho:

Guest Post é fazer, escrever e publicar um post (artigo) como convidado no blog de outra empresa, que não é concorrente da sua e que tem a mesma Persona. 

Normalmente você aborda, ou, às vezes, recebe um convite. Então, receber ou mandar convites para guest posts é normal, faz parte da rotina de Marketing Digital.

O que não é normal, não é correto, é jurar de pé junto que essa estratégia é essencial para melhorar o Link Building do seu negócio perante o Google.

Opa termo novo, vamos lá:

Link Building é, em tradução livre, a construção de linkagens. São um conjunto de estratégias para maximizar o potencial de ganho de links para o seu site, aumentando assim a autoridade do seu domínio ou url. 

O lado sensível de Link Building é que muitas “estratégias” ultrapassam a linha do que não pode. Manipulação, esquema de links, criar outros sites apontando para o seu, são “black hats”, ações contrárias às regras do Google e factíveis de punições automáticas, que podem levar o seu site a perder posições ou sair completamente das páginas de resultados do Google.

E hoje, em torno de 90% das estratégias de Link Building que tenho visto são, na prática, tentativas de manipulação. Muitas por estarem simplesmente desatualizadas. 

Então para ser mais claro, vamos dar um exemplo de certo e errado:

Já faz anos que os parâmetros de SEO não são a quantidade, e sim a qualidade. Tudo em SEO é qualidade, originalidade, e envolvimento (seu que está lendo esse texto) com a marca. Quanto mais você ler o meu texto, comentar, divulgar (nas suas redes sociais) e quem sabe até linkar esse conteúdo no seu site de forma espontânea, melhor estaremos no índice do Google. Isso é SEO off-page.

Feito então esse nivelamento, vamos em frente, pequeno gafanhoto.

2 – Vamos fazer uma parceria de links, um Guest Post?

Nós chegamos a fazer uma placa no nosso controle de atividades dizendo assim: “Estamos a X dias sem receber um pedido de uma super oportunidade de Guest Post”. Nosso recorde está em 12 dias salvo engano. ?

Assim…

Print de um email recebido pela Conexorama com uma solicitação de Guest Post

Parece até legal, afinal gera aquele pensamento de “nossa estamos ficando famosos, estão procurando a gente para guest posts”. 

Só que te procuram por dois motivos: (1) ou não entendem que é contrário a regras Guest Post com o foco em troca de links; ou (2) estão te procurando por justamente vocês cumprirem realmente o dever de casa, não fazendo esse tipo de parceira (que é o nosso caso), onde tecnicamente ficamos mais requisitados, justamente por não fazer.


Link tem que ser conquistado. Não pedido ou trocado.

E agora começam a chuva de dúvidas, que imagino que sejam:

= A Conexorama não faz linkagem externas no seus textos?

Sim fazemos, mas cuidamos para que os sites que estão interconectando com o nosso sejam autoridades ou tenham realmente bons resultados para aquele assunto. Então todo cuidado é pouco. 

Parceiras fixas que fomentam esse tipo de interligação de sites (links) tendem a fazer mais mal no longo prazo, do que os resultados positivos que podem trazer no curto prazo. 


= A Conexorama nunca fez Guest Post?

Sim, já fizemos. Devemos ter uns três ou quatro na nossa história, e eles tinham links para gente. Mas combinamos que fossem “no-follow” (configuração para a autoridade do link não ser repassada) e focamos mais na audiência daquele canal do que necessariamente na troca de links.

Contudo, quando explico tudo isso, quem tem enraizado que esse tipo de abordagem é o melhor para SEO não aceita de modo nenhum essa visão. 

3 – Se não confia em mim, confie no Google

Você já deveria conhecer essa página, mas, se ainda não conhece, guarde este link. Afinal, é provável que você, assim como eu, precise dele para respaldar sua negativa a uma proposta dessas:

Documentação, Central de Pesquisa, esquema de Links

Nessa página o próprio Google se posiciona sobre esse assunto:

Print do posicionamento do Google sobre Guest Post

Conferiu ali o que o Google tem registrado?


Agora, vamos destacar esse ponto aqui, nas palavras do Google…

Veja alguns exemplos de esquemas de links que influenciam negativamente a classificação de um site nos resultados da pesquisa:

Observe que são mencionadas duas situações:

  1. Escrever muitos textos (artigos em grande escala) só para ranquear melhor. Você pode ter uma velocidade alta, mas precisa também ter alta qualidade. Mas esse é assunto para um próximo artigo.
  2. Fazer campanhas de guest posting, para trocas de links, enfatizando o ponto de muitas palavras-chave com troca de links.

Você pode ter Guest Post? Pode!
Só cuidado com quantidade e com excesso de Links.

Em outras palavras, não faça uma rotina de guest post e, quando estiver neste formato, fomente mais estar conversando e interagindo com a audiência do outro canal do que preocupado com links apontando para você.

Viu? Todo cuidado é pouco. 

Não fazer demais e não mirar em links.

O que na prática, infelizmente, quase que o mercado inteiro não entendeu ainda.

4 – “Ah, mas eu li / ouvi fulano que é autoridade indicando”

Sim, você pode ter lido ou ouvido alguém dizer o contrário, mas está escrito na página do Google. Acabei de te mostrar.

“Ah… mas essa empresa é super ranqueada no Google, e se eles indicam”.

É verdade, já vi sim empresas bem ranqueadas fazendo algumas indicações que não chegam a ser explicitamente voltadas para o erro, mas fomentam ultrapassar a linha do que pode para o que não pode.

E aqui fica então duas provocações:

= Será que o conteúdo está atualizado?

= Será que estão indicando algo errado justamente para se blindar no índice?

Me desculpe por ser desconfiado, mas fora do Brasil existem muitas empresas de “SEO negativo” que trabalham para pulverização de links sujos, para travar o seu servidor, entre outras coisas, só para te derrubar do índice.

Infelizmente já vimos isso acontecer com um de nossos clientes, que chegou na primeira posição para um termo com mais de 200 mil pesquisas mês, e estava fixo no topo, até receber esse ataque orquestrado.

Então, quando se fala de SEO, perdão, eu sou bem desconfiado.

E aqui podemos dar um nó juntos, pois se você for desconfiado como eu, pode estar desconfiado do meu texto aqui. Eu sei. Aí vamos complicar tudo.

Mas, para simplificar, confie no que o Google escreveu.
Ponto final.

5 – Como usar corretamente um Guest Post?

Para não perder o fio da meada, vamos pensar juntos quais são as boas práticas para se envolver em Guest Post. Na minha opinião são:

  1. Não criar uma rotina de Guest Posts;
  2. Não comprar Guest Post (famoso “publieditorial”) com o foco em Link Building; 
  3. Quando fizer, foque na audiência do canal que está participando;
  4. Peça para o site que receber o seu texto colocar “no-follow” nos links;
  5. E os links do seu artigo devem ter total interligação com a Persona do novo canal e serem variados, e não ficar apontando para as mesmas páginas sempre.


E pararia por aqui. Mais um passinho e estaria arriscando passar a linha para manipulação.

Novamente, são as minhas indicações, e o que usamos para nossas estratégias. Com certeza terá alguém dizendo o contrário. SEO é que nem direito, existem interpretações da Lei. Só que no SEO as leis não estão todas registradas em um livro aberto.

E você, por favor, deixe um comentário dizendo se discorda de mim. Ou compartilhando quais cuidados tem aplicado na sua estratégia, um elogio caso tenha gostado do texto… A cada comentário, sabemos que você, que leu até aqui, realmente existe, e podemos seguir criando e evoluindo juntos.

Jean Vidal

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Thais
Thais
2 anos atrás

Sensacional.

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