A mudança comportamental dos usuários da internet e a ânsia por informações novas e rápidas fez surgir um movimento que nada contra essa correnteza, o slow content.
As pessoas são bombardeadas de informações o tempo todo e qualquer conteúdo que não provoque estímulos imediatos na audiência pode ser ignorado pelo usuário, ou pelo algoritmo.
Mas como competir com os conteúdos virais e tornar a sua presença digital relevante por meio do slow content?
Por mais que pareça improvável, o conteúdo mais lento e elaborado pode trazer inúmeros benefícios para a sua marca. Continue a leitura para entender como! 😉
O que você vai encontrar nesse artigo:
O slow content, ou conteúdo lento, é um movimento que surgiu com a proposta de desacelerar as produções de conteúdo.
A ideia é sair do automático, dos virais da internet e dos conteúdos espontâneos, dando lugar a materiais relevantes para aqueles que você deseja alcançar, possibilitando uma experiência mais completa e a absorção das informações apresentadas.
Isso não significa produzir menos conteúdo, mas elaborá-los priorizando a profundidade, a alta qualidade e, claro, a estratégia.
Assim, ao invés de gravar um vídeo de 15 segundos, você pode se aprofundar e entregar um material mais completo e com maior riqueza de informações. No final das contas, a qualidade sobressai ao imediatismo, pois além do conteúdo, existe o posicionamento estratégico.
A competição no meio digital e os algorítimos das redes sociais nos fazem acreditar que quanto mais conteúdos publicados, maiores são as chances de sermos vistos. Mas aqui eu te trago um lembrete: a audiência também está fora das redes sociais.
Quando falamos em redes sociais notamos uma grande movimentação. Todos estão se mexendo e tentando entregar conteúdos o tempo todo. Seria loucura se permitir não seguir esse fluxo?
A verdade é que essas pessoas estão enfrentando grandes barreiras. É cada vez maior o número de publicações feitas nas redes sociais, tornando ainda mais difícil a concorrência para conquistar e manter uma audiência.
Além disso, as pessoas que produzem conteúdo acabam se tornando reféns do algorítimo, que é quem vai decidir qual publicação será ou não entregue, para quem e também quando isso vai acontecer.
Isso acaba tirando também o poder dos usuários decidirem qual o tipo de conteúdo querem consumir e acabam recebendo publicações que não estão alinhadas com a etapa da jornada de compra em que eles estão no momento.
Enquanto que, com uma boa estratégia, é possível construir uma presença digital sólida, com conteúdos atemporais e que garantam a autoridade da sua marca. Se o seu conteúdo for relevante, o seu público vai encontrá-lo no momento certo, de acordo com o momento de compra dele.
Existe hoje a sensação de que apenas as redes sociais têm poder na geração de comunidade e engajamento com conteúdo. Entretanto, também é possível buscar reconhecimento com o público através de outras estratégias.
Um conteúdo bem produzido, com profundidade no assunto e que o usuário encontre no momento em que busca por respostas ou soluções vai gerar um interesse legítimo por sua marca,ao passo que uma publicação nas redes sociais pode passar despercebida em meio a tantos outros conteúdos.
Além disso, um conteúdo completo pode ser reaproveitado em outras estratégias.
Como quando os artigos que você publica em seu blog são trabalhados no e-mail marketing, enviados diretamente para os Leads em Fluxos de Nutrição ou são reagrupados para criar um Material Rico.
Ou seja, todo o esforço investido na criação de um conteúdo mais denso pode ser reaproveitado de outras formas, fazendo com que a expectativa de vida desse material seja maior.
Já os materiais produzidos especialmente para as redes sociais costumam ter uma expectativa de vida curta, afinal, as tendências mudam diariamente e todos os dias as pessoas criam algo novo. Um conteúdo criado hoje, pode ser ultrapassado na semana que vem.
Implementar o slow content na sua estratégia não significa que você esteja proibido de produzir conteúdos simples e rápidos. Mas é preciso colocar na balança o investimento de recursos, esforços e tempo em conteúdos virais e momentâneos, ou investir em um conteúdo estratégico que poderá ser aproveitado de outras formas.
A implementação do slow content envolve passos já conhecidos na produção de conteúdos em geral. Porém, ao invés de priorizar a quantidade de publicações, é necessário priorizar a sua qualidade.
Materiais produzidos com calma tendem a ser mais assertivos ao atender as expectativas dos usuários.
Portanto, separamos algumas dicas para te ajudar a produzir conteúdos lentos:
Pode parecer bobo, mas compreender bem as Personas do seu negócio é fundamental para que o seu conteúdo seja encontrado. Caso contrário, você investirá esforços e tempo em um material ineficaz.
Quando um usuário faz uma pesquisa no Google, ele está buscando uma resposta ou solução para um problema. Para você dar essa resposta a ele, é preciso se precipitar e identificar quais as possíveis perguntas esse usuário pode fazer.
O seu conteúdo deve fazer parte de um contexto, assim ele poderá ser encontrado.
Para isso, é preciso estudar e identificar as Personas da sua empresa, quais as suas etapas de compra e produzir conteúdos estratégicos que fortaleçam a sua marca e seu produto, mas também respondam às suas principais dúvidas.
Um conteúdo lento deve ser produzido com riqueza de detalhes, com informações que saiam do padrão e realmente entreguem valor aos usuários. Caso contrário, seus materiais serão apenas mais um em meio a vários conteúdos que dizem praticamente as mesmas coisas.
Para isso, saia da rotina de pesquisa em blogs e redes sociais. Você pode enriquecer o seu conteúdo com artigos científicos, documentários e conversando com as pessoas.
Isso possibilita explorar diferentes visões e opiniões sobre um mesmo assunto, enriquecendo seus argumentos.
Como falamos anteriormente, um material completo e com detalhamento de informações pode ser explorado em outras estratégias.
Demos o exemplo do artigo no blog sendo trabalhado em e-mail marketing, fluxos de nutrição e materiais ricos.
Mas também é possível criar um webinar, transformá-lo em posts fragmentados nas redes sociais, incluí-lo nas newsletters e criar um artigo sobre o tema abordado.
Enfim, todo investimento em conteúdo pode ser reaproveitado de inúmeras formas. Basta adaptar o formato e a linguagem e você terá um conteúdo novo para ser explorado.
Neste artigo, trazemos uma reflexão sobre a constante pressão que os produtores de conteúdo sofrem em ter que se adaptar ao que é tendência para conquistar o mesmo alcance dos virais da internet.
Mas vimos aqui que isso não é regra, pois o slow content pode ser usado de maneira estratégica para gerar engajamento e reconhecimento do público.
Isso não quer dizer que esse é o modo correto de produzir conteúdo, apenas que é uma possibilidade. E se você já trabalha com slow content, por que não aprimorar a sua estratégia ao invés de tentar se adaptar?
Esperamos que esse artigo tenha expandido a sua mente. Deixe nos comentários a sua opinião! 😉
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