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O que o meu site precisa ter para ser considerado um Site Inbound?

Por Ana Paula Agostini em 28 de janeiro de 2022

Você certamente já acessou um site e ficou desanimado instantaneamente, né? Podemos afirmar que quase 100% dos sites desanimadores não são sites Inbound.

Muitas empresas, na afobação de “resolver logo” a criação de seu site, constróem sites simplistas. Geralmente com uma página inicial (home), uma página de serviços e outra sobre a empresa e com as informações de contato no rodapé. 

Essa é, infelizmente, a realidade de muitos sites de empresas brasileiras, e até mesmo de empresas que já aplicam o Inbound Marketing

Acontece que esse tipo de site não favorece a prática do Inbound, podendo ser uma âncora que está atrasando seus resultados.

Se você se identificou com essa estrutura, talvez seja melhor tirar alguns minutos para ler o restante deste artigo. Vamos descobrir como transformar seu site em um site Inbound?

O que é um site inbound?

Prazer, você está em um site Inbound. Afinal, precisamos dar o exemplo, né? 

O site da RD Station, da Hubspot e até da Hostgator também podem ser exemplos de sites Inbound.

De modo geral, são sites bastante convidativos, que procuram envolver o visitante e prolongar o tempo médio de sua sessão, oferecendo conteúdos educativos (através do blog e materiais ricos) e estruturado de forma que busque alimentar o Funil de Vendas, estrutura básica do Inbound.

Mas, além de construir um site convidativo e focado no Marketing de Relacionamento, existem alguns pequenos ajustes que você pode – e deve – fazer para tornar seu site verdadeiramente otimizado para o Inbound Marketing. 

Vamos falar dessas dicas a seguir, e elas vão te ajudar a entender ainda mais a diferença entre um site Inbound e um site não-Inbound.

7 coisas que seu site precisa ter para ser considerado um site Inbound

1. Blog, atualizado com consistência

Pode parecer meio óbvio, afinal, o Marketing de Conteúdo é um dos pilares do Inbound Marketing. Mas fazemos questão de enfatizar a importância do blog.

É pelo blog que grande parte dos visitantes irá acessar seus artigos, e é fundamental que você tenha um link para ele na sua página principal. Afinal, quanto mais fácil for chegar até o blog, mais fácil será consumir o conteúdo publicado e avançar na Jornada de Compra.

“Mas não poderia ser uma seção de notícias?”

Essa é uma pergunta rotineira que recebemos, e na prática, é melhor não.

Uma seção de notícias remete imediatamente a conteúdos que saíram em veículos como jornais e revistas.

Já o blog é um formato consagrado. Rapidamente o visitante entende o que irá encontrar por ali (artigos, os famosos “posts”). Além disso, o formato do blog é pensado para a interação (listando os conteúdos mais recentes), e com os elementos que chamam atenção (título, categorias, call-to-actions, listagens, etc).

“Ok, mas se eu tenho um blog e quase não tem artigo ou está parado, ainda deixo publicado?”

Outra pergunta bem recorrente, e aqui temos alguns detalhes:

Ter um blog publicado, e linkado na sua página principal, mas não ter conteúdos disponíveis dentro dele, é um tiro no pé. Nesse caso, não tenha essa seção ativa.

Agora, se você tem conteúdos publicados, mas precisou pausar a rotina por um tempo, pode manter seu blog no ar! (Mas lembre-se que a constância de publicação é um fator importante para SEO)

 

Resumo da história: 

Serão os artigos lançados no blog, únicos e originais, os responsáveis por aumentar a visibilidade do seu site nos buscadores. Além disso, irão fornecer insumos para publicar nas suas redes sociais, divulgar na sua newsletter semanal, fazer nutrição de Leads, além de conversar, interagir e influenciar a Jornada de Compra da sua Persona.

Então, não temos como pensar um site Inbound, sem um blog ativo.

2. Pedidos de contato apenas por formulário

É impressionante a quantidade empresas que fazem Inbound (às vezes até agências focadas em Inbound) que deixam as informações de contato abertas no site.

“Como assim e-mail escrito em aberto no meu site?”

Seria por exemplo se nós tivéssemos escrito o nosso email de contato ou telefone no rodapé do site:

email de contato em site de inbound

(imagem meramente ilustrativa, não temos escrito nossos e-mails no nosso site).

Costumamos dizer que esse é o maior erro – e também é o mais comum.

Se você faz isso, provavelmente o faz pensando que não ter essas informações fará com que você perca oportunidades. Mas, na prática, isso traz mais prejuízos do que ganhos.

O volume de contatos comerciais pode até aumentar, mas esses contatos não estão passando por um filtro, tampouco deixando informações registradas na sua plataforma de automação de Marketing (como o RD Station).

Um site Inbound deve ser integrado com o software para que cada conversão (preenchimento de formulário) entre na ficha do Lead, construindo uma base de informações sobre o Lead que pode valer ouro para suas estratégias.

Desde informações de perfil (respostas nas perguntas de um formulário), até informações de comportamento (interações com seus emails, visitas no site, conversões, etc).

Além disso, deixar essa informação aberta aumenta suas chances de começar a receber emails de SPAM.

GIF senhora aparentando estar impaciente

3. Uma página de materiais ricos

Se você faz Inbound, significa que – entre outras frentes – está mantendo uma rotina de lançamento de materiais ricos para conquistar novos Leads e contribuir com a evolução de suas Jornadas de Compra.

Indiferente da frequência de lançamento, você está construindo uma “biblioteca” de materiais ricos. 

E além de oferecer esses materiais em artigos, emails ou anúncios, é importante facilitar o acesso de seus visitantes a essa biblioteca, permitindo que ele veja tudo que você já lançou.

Por isso indicamos a criação de uma página para listar esses materiais. Dá uma olhada na nossa página de materiais ricos:

página de materiais ricos no site da conexorama

Ter os materiais listados irá ajudar a fomentar uma quantidade maior de conversões do mesmo Lead, afinal, ele pode chegar ao seu site pela primeira vez e baixar diversos materiais que tenham tema alinhado com seus interesses.

Esse movimento de baixar vários materiais é interessante tanto para que você possa entender o comportamento e interesses do Lead, como também para construir o perfil completo dele, usando perguntas complementares e formulários inteligentes.

>> Para saber mais sobre como construir uma estratégia de perguntas complementares e formulários inteligentes, conheça o RD Hacks

4. Uma BOA página de oferta direta

Oferta direta é a sua oferta principal. No nosso caso, por exemplo, essa oferta é um pedido de orçamento para projetos de Inbound Marketing. Para um SaaS, pode ser o pedido de uma demonstração do software.

O que você precisa levar em conta é que essa página tem três objetivos:

Por isso, a sua Landing Page de oferta Direta precisa ser sua melhor Landing Page.

Confira algumas dicas de como construir uma boa página de oferta:

Aproveito também para mostrar um pouquinho da nossa Landing Page de Orçamento:

exemplo de landing page de orçamento

5. Uma página de cases

A Página de Cases é aquela página onde você irá destacar os conteúdos mais diretos que você já produziu (e espero, que siga produzindo), ou seja, os seus Cases de Sucesso:

pagina de cases de sucesso no site da conexorama

Tenha em mente que os visitantes que chegarem a essa página são aqueles que estão nas etapas finais da Jornada de Compra. Essa é sua chance de conquistar aquela oportunidade.

Então vão algumas dicas de como aproveitar melhor essa seção:

E claro, se possível, mantenha uma rotina de lançamento de Cases, monitore se os Leads Qualificados ou Oportunidades estão namorando os seus Cases, e divulgue sempre em newsletters e nutrições de Leads.

6. Ofertas bem posicionados

Você está lançando materiais ricos e tem boas ofertas diretas, mas sabe ofertar essas conversões diretas e indiretas?

Um site Inbound será focado em maximizar o potencial de conversão de visitantes em Leads, portanto, irá explorar muito bem os posicionamentos de CTAs (na barra lateral e rodapé de artigos), pop-ups e formulários de conversão (no meio dos artigos).

captura de tela de site de inbound com CTAs e formulários posicionados estrategicamente

Para os pop-ups, aqui vão alguns conselhos a parte:

Pop-ups são polêmicos. Há quem odeie e se recuse a usar, mas com cuidado podem ser uma ótima ferramenta.

Algo que não indicamos é repetir a mesma oferta em todas as páginas, aparecendo a cada página nova que o visitante acessa. Escolha as ofertas de acordo com o tema das páginas – da mesma forma que indicamos fazer com formulários e CTAs – e tome cuidado com a frequência de exibição.

Tente diversificar os formatos do pop-up, adequando-os à necessidade – quanto maior destaque, maior a chance de incomodar o visitante.

6. Páginas importantes devem ser épicas

Vou te explicar o que é página épica te explicando um exemplo do que não é épico: já viu algum site que tenha uma página “clientes”, só com a logo dos clientes que já atenderam? Só isso. Não tem para onde ir, não tem mais informações, cases nem nada além das imagens.

Pois bem, esse é um exemplo de uma página que não deveria estar no seu site.

Posso até começar pelo erro de SEO, sendo uma página que não tem um caminho (não posso clicar) e não tem conteúdo (texto), são só logos. Mas não é nem esse o ponto principal.

A questão é o encantamento, o “wow moment” de que tanto falamos.

As páginas épicas são páginas que tem como objetivo criar esse encantamento. Um exemplo são nossas páginas de RD Station e de Inbound Marketing

Mas o conteúdo de uma página épica não precisa ser tão denso. O que ele precisa é encantar

Talvez nem precise ser tão denso o conteúdo, mas precisa encantar.

No exemplo que citei, uma maneira de transformar a página de “clientes” em uma página épica seria, além das marcas, adicionar chamadas para os cases de sucesso, depoimentos, ou mesmo mencionar algumas métricas e conquistas obtidas de cada um dos clientes. 

7. Converse nos comentários

Quantos sites vocês já viu por aí que tinham um conteúdo muito legal, recebeu um monte de comentários e não houve interação? Não responder comentários é um desperdício grande de oportunidade de relacionamento.

Eu vou tentar ser mais pontual com um exemplo real:

Nesse artigo que falamos sobre Taxa de Rejeição, recebemos o seguinte comentário:

comentario em blog

Nós colocamos essa resposta aqui:

comentario respondido em blog de inbound marketing

Pode parecer um desperdício de tempo escrever tanto num comentário. Afinal, eu poderia ter aproveitado a dúvida e criado um outro conteúdo!

Mas defendemos que esse tipo de resposta é o mais indicado, por três motivos:

  1. Comentários contam como conteúdos novos na mesma página. Ou seja, você nem precisou otimizar o conteúdo para ampliá-lo, o próprio comentário fez isso, dando mais força para o SEO do artigo;
  2. Comentários chamam a atenção, às vezes mais do que o texto em si. Quem veio até o final, muitas vezes pulando trechos, vai dar uma pausa para ler os comentários;
  3. Tanto para quem perguntou, como para o branding geral da marca, ficam claras as intenções da marca de relacionar-se e interagir.

Então, você deve caprichar quando alguém faz alguma pergunta e mandar a resposta mais completa possível. E, claro, pode também agradecer quando é só um elogio.

Chat e Whatsapp vão contra os princípios de um site Inbound?

É…. eu estava tentando fugir dessa última polêmica, mas resolvi encarar.

Será que quando coloco um chat de atendimento ou o botão do Whatsapp em todas as páginas do site estou ampliando o relacionamento e sendo um site Inbound ou é a mesma coisa que disponibilizar meu email?

Nós escrevemos um artigo explicando por quais motivos não usamos o Whatsapp nas nossas estratégias de Marketing, pois observamos que há um padrão de comportamento: sair colocando desesperadamente essas opções no site.

Então, como um item polêmico, não tem certo ou errado tão bem definido. Mas claro, se você disponibilizou ou quer disponibilizar chat ou whatsapp no seu site, indicamos alguns cuidados:

Ufa, é isso…

Observe que nem falei aqui sobre a responsividade do site, e outros fatores relacionados ao Core Web Vitals. É que busquei ser bem pontual e explicar o que entendemos como o básico para que seu site esteja “falando a mesma língua” que o Inbound Marketing.

Agora é com você. Se chegou até aqui, aproveita para deixar um comentário! Assim a gente prova que segue nossa dica de número 7. E claro, se possível, compartilhe nosso conteúdo, ajuda muito.

Ana Paula Agostini

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