Quem trabalha com Inbound sabe: não só de boas práticas é feita uma campanha ou plano de Marketing Digital, é preciso colher dados, mergulhar em números e fazer inúmeras análises.
E é voltado para esse movimento crescente no mercado que surge o Data Driven Marketing. O termo, traduzido livremente como marketing guiado por dados, é a estratégia de tomar decisões e orientar ações a partir da análise de um volume considerável de informações geradas.
Esse assunto ainda é um grande ponto de interrogação para você? Falar sobre análise de dados lhe dá arrepios? Então acompanhe com atenção o artigo abaixo!
Vamos falar sobre como obter insights e guiar as ações de marketing a partir dos números do mercado, da sua empresa e de seus consumidores. Bora lá?
“Marketing sem dados é como dirigir com os olhos fechados”, bem conceituou Dan Zarrella, cientista das Mídias Sociais da HubSpot e autor de quatro ótimos livros sobre o assunto.
Como nós queremos dirigir de olhos bem abertos, vamos nos debruçar sobre o máximo de dados possível, não é mesmo?
E é nesse contexto que nasce o Data Driven Marketing, que tem por intuito compilar um número cada dia maior de informações sobre perfil e comportamento dos bilhões de pessoas e empresas que navegam diariamente do ambiente digital.
Para se ter uma ideia, somente no Brasil, até 2018, éramos mais de 126,9 milhões de usuários conectados, segundo a pesquisa TIC Domicílios, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic).
E que dados são esses?
Grande parte do big data ao qual temos acesso atualmente, como profissionais de marketing, surge a partir das interações dos usuários com nossa empresa nos mais diversos canais de comunicação, do comportamento deles nas redes sociais, das pesquisas e compras realizadas nos mais diversos portais e mecanismos de busca, como o próprio Google.
Mas outra parcela importante vem também a partir das informações que eles mesmos nos disponibilizam via acesso ou conversão em nossos sites, blogs, Landing Pages, campanhas pagas, entre outros.
De cara destaco que, se aplicada a cultura do data driven em sua empresa, tendo a tomada de decisão orientada principalmente pelo que dizem os dados, você certamente tem uma capacidade infinitamente maior de assertividade e segurança para atingir seus objetivos de Marketing Digital.
Isso porque os dados coletados nos fazem ver com maior clareza as forças e fraquezas do nosso negócio e possibilitam agir de forma preditiva. Isto é, conseguimos prever oportunidades, cenários desafiadores e planejar ações para minimizar riscos.
Outro benefício é poder obter uma vantagem competitiva importante ao falar diretamente com seu público, sabendo onde ele está e o que ele está buscando na web.
Assim, as empresas Data Driven Marketing são capazes de criar ações hiper criativas e disruptivas, compreendendo com segurança as tendências do mercado e os temas em voga nos mais diversos círculos sociais.
De forma resumida, as vantagens do Data Driven Marketing são:
E agora que você está convencido a criar uma cultura de Data Driven Marketing em sua empresa ou agência, como analisar um volume cada vez maior de dados e informações, e ainda extrair insights certeiros?
Para quais dados deve mirar o olhar? E como otimizar esse processo de análise?
O primeiro passo é definir sobre quais informações queremos nos debruçar. Tenha em mente que o objetivo aqui é criar uma visão macro do seu produto ou serviço, conhecer cada vez mais o seu consumidor, medir a efetividade de suas campanhas, otimizar ações de marketing e, claro, dar passos mais firmes em direção ao crescimento.
Por exemplo, é possível compreender e se aproximar do público extraindo dados sobre o perfil das pessoas que acessam seu conteúdo ou que gostaria que acessasse (quem são? onde estão? o que buscam?); dados sobre seu comportamento na web e fora dela (com quem se relacionam? como agem diante de determinadas situações, etc).
Também é possível melhorar os investimentos em mídia, otimizar esforços nos mais diversos canais e melhorar o posicionamento no mercado, olhando para dados gerais como situação socioeconômica da região, aspectos culturais, sazonalidade, entre outros.
Para esse árduo trabalho, temos a nosso alcance hoje diversas ferramentas de automação de marketing, análise e acesso à banco de dados, entre elas, posso citar o próprio Google Analytics e Google Ads, RD Station, Hubspot, SemRush, Audience Insights (Facebook) Hootsuite, MLabs, entre outros.
Alguns deles possibilitam a coleta de grande número de dados, outros, não apenas a coleta como também a análise e geração de insights. Na dificuldade, sempre podemos recorrer também às boas e velhas planilhas do Google, ao Excel e ao Power BI.
Não só isso. Crie dashboards, relatórios, debata com o time os resultados encontrados.
Faltou alguma ferramenta? Comente ao final e nos ajude a melhorar este conteúdo! 😉
Agora que você se convenceu a tornar seu time de marketing data driven, precisa capacitar o pessoal para atuar dessa forma, certo? Para auxiliar você, reuni algumas dicas:
Vimos acima que lista pode ser longa, a depender muito do seu objetivo, não é mesmo?
Então, antes de mais nada, sente com a equipe e volte seu olhar ao seus KPIs (Key Performance Indicator, ou Indicador-chave de Performance). Eles certamente lhe darão a resposta correta!
Temos hoje no mercado diversas ferramentas excelentes para a captação e análise de dados. Algumas já citadas acima.
Você não precisa se desesperar caso seu orçamento não permita hoje grandes investimentos em marketing, já que algumas são gratuitas ou bem baratas.
O Google Analytics é um ótimo exemplo! O grande queridinho dos profissionais de marketing tem versão grátis e uns dos que inspiram maior credibilidade sobre as informações.
O que você pode colher dele? Comportamento da audiência do seu site ou blog, perfil dos acessos, origem, jornada de compra, entre outros.
E não se esqueça do Google Ads, que além das inúmeras possibilidades de realização de testes e acompanhamento da performance dos anúncios, também permite fazer levantamentos a respeito de termos em alta, por exemplo.
Suas redes sociais também podem ser grandes aliadas nesse momento. Praticamente todas possibilitam a geração de relatórios sobre o perfil e comportamento de seus seguidores.
Com isso, você poderá ver o que está dando certo, realizar testes e entender qual melhor conteúdo, horário e formato para publicar. Quer outra ferramenta? Experimente o Audience Insights, do Facebook, que oferece insights tanto dos usuários que seguem a sua página, quanto das demais pessoas conectadas ao Facebook.
E, claro, use e abuse das ferramentas de automação de marketing que já utiliza. Elas geralmente possuem features próprias para análise de dados gerados a partir da sua base de Leads.
De nada adianta determinar que os dados serão as rainhas da estratégia de marketing, montar toda a corte e munir de ferramentas, se o time não vestir a camisa.
Pensar “data driven” é um processo no qual mudamos nossa forma de argumentação e colocamos em segundo plano o puro e simples feeling para dar espaço à voz dos números.
Para mudar essa cultura, muito impregnada nas agências e equipes de marketing, é preciso estimular o debate com base em dados e o uso das ferramentas disponíveis.
Exemplo: As vendas caíram devido à sazonalidade? Que dados nos mostram isso? Quais fatores do mercado levaram a isso? E como tem se comportado nosso público?
E não se esqueça, claro, de capacitar o time! Várias das ferramentas citadas neste artigo disponibilizam cursos e tutoriais gratuitos, de fácil compreensão.
O que achou deste artigo? Faltou alguma informação? Tem outras dicas valiosas? Compartilhe com a gente!
*Artigo produzido em co-autoria com Flávia Umpierre