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10 dicas essenciais para quem vai começar a escrever para o blog da firma

Por Jean Vidal em 5 de novembro de 2021

Para quem vive o processo do Inbound Marketing como nós, sabe que ter bons artigos no blog da firma é chave, afinal serão esses artigos que vão ajudar a construir um resultado de atração de visitantes orgânicos, a ter o que divulgar nas redes sociais e e-mails marketing e até nas nutrições.

Contudo, escrever com qualidade é sempre um desafio, não apenas por quão dinâmico é o tema da sua empresa, mas também pela exigência técnica (de redação e SEO), e pelo lado humano do processo. 

Em outras palavras, muitas vezes temos um redator especialista, que entende muito do assunto, mas quando vai escrever para web – para o blog da empresa – se perde todo, fazendo um texto complicado de ser consumido.

Por isso, no artigo de hoje, vou passar 10 dicas simples e diretas para quem vai começar a escrever artigos para um blog corporativo, que servem como um checklist de boas práticas, até mesmo para quem já tem esse hábito. Segue comigo?

1. Tenha (e respeite) uma pauta de Conteúdo

Às vezes, para manter a rotina de publicação, acontece de publicarmos um texto escrito de forma espontânea (o famoso “tema livre”). Está tudo bem. Contudo, ter apenas publicações sem planejamento é bastante arriscado do ponto de vista técnico.

Os artigos que vão para o blog da empresa precisam ser pensados antecipadamente. Para podermos unificar as pontas. Pensar em Personas, cruzar com as etapas da Jornada de Compra, escolhendo uma palavra-chave relevante para conquistar ranqueamento e com lançamento de novos materiais.

Por isso, tenha uma pauta de conteúdo.

Um planejamento que cruza redator, prazo, título, para qual Persona, palavra-chave e Jornada de Compra.

Com esse controle, o passo seguinte, que ainda faz parte do planejamento de conteúdo, é transformar essas informações em um briefing, um guia para quem vai escrever, mostrando tudo que precisa ter e o que não pode também.

E para quem vai escrever então, respeite o briefing.

Se ficou incompleto, peça mais informações. Se escreveu e ficou um pouco fora, pode debater, mas esteja ciente que poderá não caber alguma modificação, afinal essas orientações fazem parte da unificação dos pontos explicados acima. 

Só não desconsidere o briefing, caso contrário você estará desconectado do todo.

2. Tamanho é documento, mas não é lei

É bem comum que quem recebe o briefing de um texto a ser produzido para o blog tenha uma orientação do tamanho do texto, expresso no número de palavras total.

E aqui, o que não faltam são debates de “especialistas” que defendem ser importante ter X mil palavras para poder ranquear melhor.

Está errado ter esse tipo de informação?
Não. É importante sim gerar um padrão de tamanho.

É preciso então seguir à risca essa informação?
Também não. 

Se eu tenho a orientação de que o texto precisa ter mil palavras, por exemplo, e para chegar lá, eu preciso ficar enrolando, me repetindo ou não sendo direto, eu estou errado. 

Textos maiores têm pontos positivos sim para ranqueamento, mas é quando as pessoas param para ler (e fazem interações, como comentários) que o Google irá ranquear melhor o seu conteúdo. E isso pode ocorrer sim com textos de 200 palavras, ou até menos.

Então, se era para ter 1000 palavras e escrevi um texto com 800, ou damos por encerrado ou revisamos o briefing para ampliar os pontos a serem contemplados pelo conteúdo.

O resumo é: não encha linguiça para atingir determinada meta de palavras.

Não significa ser pouco comunicativo, mas ser simples e direto ao ponto, afinal, os artigos são para pessoas, e não para robôs de ranqueamento.

3. Comece pelo título provisório e pelos tópicos do artigo

Compreendendo os dois pontos anteriores, chega a hora de abrir a página em branco do editor de texto e despejar o texto que foi solicitado.

O que normalmente ocorre aqui é dar o famoso branco.

Não saber por onde começar é categórico e ocorre com todos, o tempo todo.

Por isso, a dica é bem simples:

Se você está escrevendo um daqueles artigos espontâneos, gere um título provisório. Por exemplo, quando fui escrever esse artigo, olhei o briefing, internalizei o tema e a palavra-chave combinados, abri o Google Docs, e coloquei assim: “X passos para escrever pro blog da firma”.

Não sabia quantos passos iam ser. Mas com esse princípio, a página em branco começou a deixar de existir e tenho o primeiro norte.

O segundo passo é gerar os tópicos (no caso deste artigo, os 10 passos, que viraram 10 dicas) do que vou escrever. 

Descrever e organizar os tópicos gera o esqueleto do meu texto. Ainda vou fazer o corpo e colocar roupas, sim. Mas sem o esqueleto, o bicho não para em pé, não ganha forma.

Quando feito esses dois passos, você acredita que consegue realmente escrever sobre aquele assunto. Desmistifica e permite que você avance de forma organizada.

4. Faça uma introdução que “venda” o texto

Cada um tem uma forma, um processo para escrever o texto do começo ao fim. 

Alguns optam por começar pelo desenvolvimento dos tópicos e outros pela introdução. Eu jogo no time que começa pela introdução, por hábito, mesmo que volte nela ao final de tudo para revisar se ainda faz sentido.

Então, não tem certo ou errado por onde começar.

Mas é muito importante que eu me dedique à introdução do meu texto.

A introdução do texto é o segundo contato do leitor com o texto.
Segundo contato? Sim, o primeiro é a famosa escaneada (dica 6, já vamos chegar lá).

É quando o leitor parou para ler realmente. Assim a introdução do artigo precisa “vender” o texto. Ela precisa apresentar o que será entregue. Dar um spoiler, se assim quiser dizer. Engajar. Se não, o leitor desistirá rapidamente.

Além disso, a introdução não pode ser já um primeiro tópico. Se começo a explicar o que é Inbound Marketing na minha introdução, por exemplo, meu texto fica desorganizado, não escaneável e não prático.

A introdução é para (1) chamar a atenção, (2) gerar identificação e (3) convidar para ler mais. Volte no começo desse texto mesmo e observe de forma mais analítica o que foi utilizado para chegar nesses três pontos. 

De modo rápido e direto, busquei seguir essa fórmula que faz parte da linha editorial do nosso blog. Você pode usar esse formato ou desenvolver outro que tenha interligação com a Persona da sua empresa. Uma vez criado, é só seguir esse padrão.

5. Aprenda sobre Heading Tags

Em dado momento, para escrever bem para web, você precisará entrar sim nos conhecimentos de SEO (da sigla em inglês de “Search Engine Optimization”, ou engenharia da otimização para a busca em tupiniquim).

Mas não precisa se especializar em SEO (seria legal sim, claro).

Entender o básico já é meio caminho andado.

E aqui, a primeira coisa que precisa aprender é sobre Heading Tags. Por isso, já escrevemos sobre Heading perfeitos para melhorar o SEO do blog, um artigo que vale também a sua leitura.

Em resumo, Heading Tags são estruturas de hierarquia das páginas. 

Você já deve ter lido por aí sobre os famosos H1 (o título da página e só pode aparecer apenas uma vez), seguido do H2 (principais tópicos), e depois H3 até o H6 (que são hierarquias menores). 

Talvez não seja você quem irá colocar o conteúdo no blog da sua empresa, seja em WordPress ou outro administrador de site, mas ter a compreensão técnica desse ponto de SEO já ajudará até a pensar os tópicos no documento do seu texto.

Novamente, aquele conhecimento básico que faz toda a diferença.

6. Escreva de forma escaneável

Sim, você precisa dar atenção a quanto o seu texto chama a atenção.

Quando vamos ler um texto, chegamos pela chamada do título (que eu vi no e-mail marketing, nas redes sociais ou navegando pelo site mesmo). Esse título me chamau a atenção, e me fez chegar aqui, na página do artigo.

Feito esse movimento, o próximo passo natural é dar uma passada rápida de olho pelo artigo. A famosa “escaneada”.

Aqui, desço rapidamente pela página e tento entender o principal, tirar a essência das dicas, antes de realmente me aprofundar na leitura.

Isso ocorre com todos, em todas as páginas e textos, mas é ainda mais forte se o seu artigo for que nem o meu, oferecendo uma lista de dicas ou passos. Atiça a curiosidade, que leva a acentuar a escaneada.

A questão é estar preparado para isso.

Você precisa cuidar dos detalhes básicos de escaneabilidade de um artigo que são:

  1. Use negritos, no lugar certo, para destacar aquele ápice; 
  2. Trabalhe bem os seus H2, os tópicos;
  3. Crie listas (que nem essa);
  4. Pule linhas para ter frases pequenas. Parágrafos muito grandes dificultam a escaneabilidade e geram uma sensação de cansaço para a leitura web;
  5. Sempre que possível, adicione um print e evite imagens genéricas, como fotos de banco de imagens, uma vez que elas irão contra o seu texto (como veremos no passo 7);
  6. Coloque CTAs e formulários no lugar “correto” (difícil gerar um padrão para lugar “correto”, mas digamos que seja estar no rodapé / lateral ou estar inserido no contexto das palavras);
  7. Trabalhe bem os seus links (como veremos no passo 8).

São cuidados simples, mas que fazem toda a diferença.

Novamente, analise como está a estrutura deste artigo, para ver essas dicas sendo aplicadas na prática.

7. Invista em prints e evite imagens generalizadas

Você está lendo ou só dando a escaneada, e eis que surge uma imagem no meio do texto, algo assim, por exemplo:

Ou seja, temos um heading (aqui H2, subtítulo) seguido de uma imagem genérica de banco de imagens.

Isso chama atenção? Sim.
Ajudará a reter o leitor? Não.

Imagens, são sim muito importantes, mas atirar errado pode fazer o efeito contrário. Justamente gerar o efeito de que foi para chamar atenção, mas não agregou nada. Cuidado. ⚠

Nesse processo, o mais indicado é ter bom senso.

Na prática, na nossa linha editorial, focamos mais em prints, do que alguma imagem genérica, algo assim:

Colocar algo de uma tela, que tenha uma seta, e um texto, isso não é só chamar a atenção, como agregar na escaneada e no estudo que o leitor está fazendo se estiver lendo todo o seu texto.

É o melhor dos dois mundos.

E talvez aqui você esteja fazendo uma pergunta:

= Ok, prints. Mas e gifs, posso usar?

Se tiver liberado na sua linha editorial, sim. Só cuidado para não adicionar muitos gifs, pois eles são “sujeiras” de códigos e podem deixar a sua página fora do que é indicado de códigos e de carregamentos. Além de que os GIfs podem ser removidos por quem fez o upload.

Nós aqui limitamos a quantidade de GIFs dependendo do tamanho do artigo. Geralmente usando um ou dois, no máximo. E tentamos colocar no lugar mais estratégico, onde queremos realmente chamar a atenção.

Você viu onde estão os GIFs nessa página?

8. Aprenda a usar corretamente links e texto âncora

Um erro clássico para quem está aprendendo a escrever para web, escrever para o blog da empresa pela primeira vez é não adicionar links (de outros artigos internos) ou adicionar links com o texto âncora errado.

Entender de linkagem e texto âncora também é um aprofundamento em SEO, que você pode e deve estudar mais. Temos um artigo sobre o que o texto âncora tem haver com SEO, além desse vídeo que passamos mais dicas pontuais desse mundo.?

Tentando desmistificar, podemos resumir assim:

Vai ficando mais complexo quando chegamos nesse ponto, eu sei.

Mas não é impossível aprender, estudar e definir um padrão correto para o blog da sua empresa. E uma vez tudo isso definido, pode inclusive fazer parte da nossa primeira dica, da pauta e do briefing do texto.

9. Evite colocar “Concluindo…”

Essa é uma dica particular, você não verá por aí. É que eu já falei muito sobre esse cuidado pro meu time, e precisamos passar a diante.

Evite colocar, como Heading (o H2) algo que seja na linha de “Concluíndo”, ou até “Concluisão:”. 

Blog que não é um texto acadêmico.

Será um heading simples, que não chama atenção, que não interligou com as keywords do seu texto e não agregará valor em SEO.

Para ficar mais claro. Você pode utilizar sim o “concluíndo”, mas não ser só ele.

Digamos que, caso eu optasse por fazer esse elemento no final desse texto, iria por uma pegada assim:

Conclusão: Escrever para o Blog é fácil, mas precisa de cuidados

Bem menos “frio” do que o subtítulo só “conclusão”. 

E deixei uma frase final destacada. 

Quando fizer esse complemento na sua conclusão, você poderá até repensar se precisa usar essa palavra, afinal, observe que nessa ideia exemplo de subtítulo final que deixei aqui registrada, ainda caberiam outras palavras como: “Atenção“, “Lembre-se“, etc.

Por isso, um dos nossos artigos mais visitados é o de Palavras de transição para SEO, mostrando mais detalhes da interligação do nosso vocabulário com dicas de otimização. Vale a leitura. 🙂 

10. Peça comentários e responda com textão

Chegando ao final das nossas dicas, quando você chegar ao final do seu texto, não esqueça nunca de pedir um comentário. Peça mesmo.

Claro, apenas se isso for liberado na linha editorial. Mas é bem importante sim incentivar o leitor que chegou até o final, a deixar uma interação.

Não apenas para você saber que tem gente realmente lendo os seus textos, o que já é tecnicamente bastante motivador, mas por SEO.

Toda vez que alguém faz um comentário em um artigo, a página ganha mais conteúdo. Ela segue viva. Temos mais conteúdo surgindo naturalmente, e claro, com um peso maior, por ganhar prova social. 

Por isso, se você gostou desse texto, por favor, deixe um comentário. Vamos seguir conversando juntos, e ampliando as dicas para quem está aprendendo a escrever para o blog da sua empresa. Lembre-se, a sua dúvida pode ajudar alguém. Manda aí! 

Viu, simples assim!

E para complementar, se alguém mandou uma dúvida, arrasa no textão viu

A interação pode ser pequena, mas a sua resposta, grandona, irá seguir exatamente esse processo de SEO, de deixar essa página ainda mais relevante, ainda mais profunda, em termos de tamanho (de palavras) e escaneabilidade (muitas vezes paramos nas dúvidas para dar uma futricada). 

[Extra] Utilize o plugin de SEO Yoast a seu favor

Esse é um processo que eu gosto sempre de fazer nos meus textos, que é “furar” a listagem oficial, colocar uma dica “extra”, um complemento final.

Não só amplia a profundidade do debate e contribui para aquela escaneada do leitor, como deixa também um próximo passo. 

Nesse meu artigo, vou indicar que você aprenda (se o seu administrador de site for o WordPress, que nós indicamos bastante) a utilizar bem o Yoast, seguindo um passo-a-passo, já que ele é um dos maiores plugin de SEO e ferramenta chave para quem está buscando otimizar seus conteúdos.

Espero que tenha gostado desse conteúdo.
Busquei fazer ele bem prático e seguindo cada dica aqui indicada.

Ah, não esqueça, por favor, deixe um comentário! 😀

Jean Vidal

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Bernadete
Bernadete
1 ano atrás

Claro que vou deixar meu comentário . Estou aprendendo e achei seu artigo bastante esclarecedor. Vou clicar em alguns dos seus artigos (link ) indicados no decorrer do texto tbm. Obrigado pelas dicas !

Content
Admin
1 ano atrás
Reply to  Bernadete

Olá Bernadete, eu que agradeço pelo feedback. Continue acompanhando nossos conteúdos.

Gilmara de Oliveira
Gilmara de Oliveira
1 ano atrás

Gostei! Li tudo, mesmo sendo extenso 😅
Obrigada por compartilhar este conteúdo tão relevante!

Last edited 1 ano atrás by Gilmara de Oliveira
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